sábado, 28 de agosto, 8h:22min

Ele me deixa em frente a meu apartamento. Não pede para subir. Always, a gentleman. Diz-me: "bom dia. Sonhe comigo." Empurro sua cabeça para o lado. Sorrindo, acuso-o: "bobo". Ao chegar em casa, sinto saudades suas. Already. Sinto como se não fosse mais vê-lo. Tenho vontade de descer correndo as escadas, atingir a rua, gritar seu nome: "passe a noite comigo. Ou o dia que seja." Não faço. A espontaneidade foge de mim. Já dentro de casa, retiro a saia, mas não os saltos, nem a blusa, nem o restante do que há algumas horas vestia. Ainda meio zonza por tanta bebida tomada. Foi uma noite interessante. Omito empolgação. Boa reviravolta. Balanço a cabeça. Analiso a encruzilhada em que posso estar me metendo. Pego o isqueiro. Acendo o cigarro. Atiro-me na cama. Trago e solto a fumaça, deixando-a impregnar meu quarto com seu cheiro já tão característico em minha vida. Penso nele. Em nós. Eu. Por fim, adormeço.

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