E esse silêncio temente, alguns diriam solidão; eu sei ser medo. Sou uma ostra incapaz de abrir-me à sociedade. Possuo uma pérola intocada dentro de mim. Poucos a conhecem. Sou capaz de ouvir a torneira gotejando ritmada na cozinha. Torneira frouxa. Posso sentir o vento forçando entrada pela janela, chicoteia o vidro. E eu mesma me julgo por estar aqui trancada. O telefone toca pela primeira vez. Quase caio ao correr para atendê-lo. Não é ele.
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