Um toque na campainha. Corro descalça para atender. Vejo seu rosto de cachorro abandonado apoiado em minha porta. “Posso passar esta noite com você?” Fico de ponta de pés. Com um beijo indecente lhe respondo: “deve”. Ele tira seus sapatos. Somos dois pés descalços, trocando beijos indecentes na porta de meu apartamento. Que os vizinhos vejam. Não me importo. Santiago voltou. E, o que é melhor, não mais estranho.

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