quarta-feira, 25 de agosto de 2010


Sonhei que me afogava essa noite e que um turbilhão de microoxigênios enclausurados em bolhas e mais minibolhas saíam da minha boca e que ali, bem naqueles exatos segundos difarçados de minutos, era meu fim. Rápido, sem dor. Só a angustia. De uma vida inteira pela frente que fora assim abortada tão precocemente. Acordei gritando. Suava como um porco. Gustavo estava ocupado demais com outra para me salvar. Os dois iam a meu velório até. O sonho só se tornou pesadelo quando o mais novo casal com as mãos entrelaçadas e braços dados riram de mim. Foi pior: eu não pude me defender.

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